Bem-vinda sejas ao meu eu.
Mas o que queres
Com este olhar inquisidor,
Este sorriso cínico,
Este deboche no ar?
Sei, rirás de minhas mazelas
(iguais as de Prometeu)
Pela convicção de que nada sou.
Falar de amor? Eu?
Não, os amores – e suas dores – se foram.
Espero outros, como daquela pessoa, ali, olha,
Que saiu do metrô, que me convida para a vida.
Não liga não!
Cada poema, boba, tem sua musa,
Apenas uma página
Da lembrança amarela do que fui.
BsB-DF, 17/0902
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